A COGNIÇÃO SITUADA E O CONHECIMENTO PRÉVIO EM LEITURA E ENSINO
Palavras-chave:
Leitura, cognição situada, conhecimento prévio, cenas conceptuais, livro didático.Resumo
A noção de conhecimento prévio tem sido largamente utilizada em estudos que investigam as atividades de leitura na escola, objetivando formas de estimular nos alunos a capacidade de ler produtivamente os textos escritos oferecidos em sala de aula. Neste artigo, enquadramos o conhecimento prévio dentro da concepção de cognição situada, que postula a natureza perspectival e interacional da cognição, definindo que a pessoa cogniza relativamente ao espaço perceptual/conceptual em que se coloca. Para tanto, define-se a cognição relativizada a cenas, e a leitura sendo feita através da conceptualização parcial das cenas observáveis nos textos escritos utilizados em atividades de leitura. A tarefa da escola seria a de, diante dessa visão parcial que o aluno tem da leitura do texto e das cenas que ele apresenta, poder determinar que elementos são esses, e auxiliar, por meio das atividades de leitura, o aluno a conceptualizar os outros elementos de cena, a fim de obter do texto uma compreensão mais fidedigna. Explicitamos como essa tarefa pode ser realizada por meio de um exemplo revelador de como o aluno capta apenas parte da cena, e como os seus outros elementos podem ser visualizados. Após isso, apresentamos uma pesquisa que mostra como a tarefa de buscar o conhecimento prévio do aluno para articulá-lo à leitura de um determinado texto precisa ser feita levando em conta o seu universo de conceptualizações pessoais, que muitas vezes passa ao largo das expectativas que a escola assume, e manifesta no livro didático, sobre a maneira como ele cogniza.Publicado
Como Citar
Edição
Seção
O(s) autor(es) abaixo assinado(s) transfere(m) à Organização Ciências e Cognição, instituição responsável pela revista Ciências & Cognição (ISSN 1806-5821), todos os direitos de publicação, produção e divulgação, com exclusividade e sem ônus, do material do manuscrito submetido, extensível a versões em outras mídias de comunicação e divulgação (site, redes sociais, vídeos, em meio impresso, digital, áudio/podcast e audiovisual (integral ou parcialmente), buscando, dentro das possibilidades dar a maior visibilidade possível ao material submetido e aprovado, objeto da presente seção de direitos.
Declara(m) e garante(m) que:
- os procedimentos éticos referentes a um trabalho científico foram atendidos;
- no caso de estudo com humanos, foi conduzido conforme os princípios da Declaração de Helsinki e de suas emendas, com o consentimento informado aprovado por Comitê de Ética devidamente credenciado e com a Resolução 1595/2000, do CFM*;
- a responsabilidade pela informações e pelo conteúdo são do(s) autor(es).