O “mal-estar docente” como fenômeno da modernidade: os professores no país das maravilhas
Palavras-chave:
mal-estar docente, estresse, classe proletariada, profissões femininasResumo
O artigo aborda manifestações do “mal-estar docente” - desinteresse, apatia, desmotivação – e “sintomas psicossomáticos” (angústia, fobias, crises de pânico) e apresenta resultados de entrevistas realizadas com 120 professores do Rio de Janeiro, sobre aspectos como as causas da insatisfação com a profissão. Usamos como metáfora Alice no País das Maravilhas, conto escrito em 1845 por Lewis Carroll, para descrever as causas destas manifestações, subsidiando intervenções da Psicologia da Educação para minimizar este quadro. O referencial teórico abrange a obra de Freud, com os conceitos de sublimação e transferência libidinal para instituições; Marx, com as noções de alienação e fetichismo; e Dejours, com trabalhos relativos às estratégias coletivas de defesa utilizadas no trabalho, a alienação e a virilidade. Dentre os fenômenos sociais e políticos indicadores do “mal-estar docente” escolhemos dois, bastante característicos: a proletarização do professorado, que o aproxima das condições de trabalho da chamada “classe proletária” e a feminização do magistério. © Ciências & Cognição 2006; Vol. 07: 27-41Publicado
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