O QUE ESTÁ ERRADO COM A DISSOCIAÇÃO FUNCIONAL?

Autores

  • Ronie Alexsandro Teles Silveira Universidade Federal da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB).
  • Gerson Américo Janczura Universidade de Brasília
  • Lilian Milnitsky Stein Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

memória, dissociação funcional, sistemas de memória, arquitetura cognitiva, dedução.

Resumo

Resumo

A dissociação empírica vem sendo utilizada como o mecanismo exclusivo para a obtenção de propostas de uma arquitetura funcional da memória e da mente humana. Assim, diante de dissociações empíricas entre resultados obtidos em tarefas de memória, é comum que se postule a existência de diferentes sistemas de memória no âmbito cognitivo: as dissociações funcionais (DFs). As críticas a esse procedimento são de dois tipos básicos. As mais amenas reconhecem o valor das críticas, embora defendam a manutenção dessa estratégia de propor DFs, já que não há nada que a substitua. As críticas mais enfáticas afirmam que as DFs não são defensáveis. Ambas as críticas apontam problemas relevantes à base empírica da Ciência Cognitiva e da Neuropsicologia, na medida em que podem comprometer o projeto científico de se obter uma arquitetura funcional da memória e da mente. Identificamos o aspecto lógico principal da fragilidade contida no mecanismo de se postular DFs: o raciocínio indutivo. Com a proposta de lógica de produção do conhecimento científico de Karl Popper, obtemos um ponto de vista que evita o uso da indução e preserva as DFs. © Cien. Cogn. 2012; Vol. 17 (2): 040-050.

Palavras-chave: memória; dissociação funcional; sistemas de memória; arquitetura cognitiva; dedução.

 

Biografia do Autor

Ronie Alexsandro Teles Silveira, Universidade Federal da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB).

R.A.T. Silveira - graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Goiás, Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Atua como professor adjunto II na Universidade Federal da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira.

Gerson Américo Janczura, Universidade de Brasília

G.A. Janczura - graduado em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Mestre em Psicologia pela Universidade de Brasília, Doutor em Psicologia Cognitiva Experimental pela University of South Florida. Atualmente é professor associado da Universidade de Brasília e responsável pelo Laboratório de Processos Cognitivos.

Lilian Milnitsky Stein, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

L.M. Stein é graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é mestre pelo Ontario Institute for Studies in Education, Doutora em Psicologia Cognitiva pela University of Arizona. Atua como professora titular do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Publicado

2012-08-18

Como Citar

Silveira, R. A. T., Janczura, G. A., & Stein, L. M. (2012). O QUE ESTÁ ERRADO COM A DISSOCIAÇÃO FUNCIONAL?. Ciências & Cognição, 17(2). Recuperado de http://www.cienciasecognicao.org/revista/index.php/cec/article/view/787

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